Amanhã tem coletiva na NASA confirmando 2016 como o ano mais quente da história das medições (iniciadas em 1880). 15 dos 16 anos mais quentes já registrados ocorreram desde 2001.
Apesar das recomendações expressas da comunidade científica, do Acordo do Clima de Paris, e do crescimento espetacular das fontes renováveis de energia, continuamos subsidiando (Brasil inclusive) a exploração de combustíveis fósseis. Continuamos desmatando as florestas (Brasil principalmente) e ignorando os alertas.
É preciso fazer mais e melhor. Os sinais tornam-se evidentes e alguns sintomas (como a velocidade do degelo) surpreende os próprios cientistas. Sexta-feira o Trump assume a Presidência dos Estados Unidos com uma equipe composta por ex-petroleiros e negacionistas do clima dispostos a elevar as emissões de gases estufa. Por aqui, Temer ratificou o Acordo do Clima mas não disse até agora como pretende alcançar este objetivo. E segue enfraquecendo a proteção das reservas ambientais e indígenas.
A ética do cuidado reclama atitude em favor da casa comum, do coletivo e do bom senso. Não será fácil, mas o custo de não fazer nada (inação) é muito maior. 2017 promete. É hora de cada um dizer a que veio. E fazer a sua parte.
André Trigueiro