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O fechamento da última termelétrica a carvão da Escócia

 

A última termelétrica a carvão mineral da Escócia foi desligada ontem. Até o final do ano, restarão apenas seis instalações como essa operando em todo o Reino Unido, que mantém firme o calendário de desligamento de todas as térmicas a carvão mineral até 2025. Não custa lembrar que estamos falando do berço da Revolução Industrial, onde o modelo de desenvolvimento baseado na queima de combustíveis fósseis foi assentado há 200 anos e serviu de referência para o resto do planeta.

Os tempos mudaram.

Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) mostra que os investimentos em fontes renováveis – eólica, solar e biomassa – bateram recorde no ano passado, apesar da queda vertiginosa do barril de petróleo (que tornaria esse combustível mais competitivo). Foram U$ 286 bilhões, mais que o dobro do que foi investido em usinas de carvão e gás.

Em junho do ano passado mostramos no programa Cidades e Soluções, da Globo News, o agito do movimento “fossil free” que mobiliza milhares de estudantes de algumas das mais importantes universidades da Europa e dos Estados Unidos em favor do “desinvestimento”. Eles pressionam as principais instituições de ensino – que aplicam somas expressivas no mercado financeiro -, empresas e governos, a deixarem de investir em petróleo, carvão e gás. O argumento básico é que essas fontes de energia degradam o meio ambiente e ameaçam a qualidade de vida na Terra. São, na verdade, um péssimo investimento.

Na época ouvimos o responsável pelo Fundo da Família Rockefeller – cuja riqueza tem origem justamente na indústria do petróleo – anunciar a retirada estratégica do grupo dos fundos que investem em combustíveis fósseis.

Há uma revolução energética em curso. Sabe como ela acontece e por qual motivo faz toda a diferença.

 

André Trigueiro

 

 

 

 

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