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A discussão sobre a falta de água em São Paulo flui à margem do principal problema

 

Por Alexandre Harkaly, criador do programa no IBD CERTIFICAÇÕES com acreditação para ISO GUIDE 65 e com organizações internacionais de acreditação. Levou esta empresa a atuar internacionalmente em 20 países. Formado em engenharia agrônoma, é especializado em agricultura orgânica e biodinâmica, destacando-se como um dos membros fundadores da ABD – Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica.

Fonte: Mercado Ético

 

Se fizermos um cálculo do aumento da população e área urbana nos últimos 50 anos (a população quintuplicou de 1950 a 1999) e o crescimento do sistema de captação de água logo veremos que há uma enorme discrepância e que a captação não acompanhou o crescimento urbano. Daí por diante você já pode prever que as reservas também não cresceram proporcionalmente. Engenheiros têm que prever a dimensão de suas obras levando-se em conta eventos meteorológicos extremos que ocorrem a cada 100 anos. Isto definitivamente não foi feito.

Pior ainda é o descaso das autoridades insistindo em atrasar medidas mais eficazes de economia da água. Aqui é tudo abundante, inclusive o gasto de água.

O fato é que secas ocorrem.

Porém um outro fato é claro, a população Brasileira transformou seus rios em cloacas a céu aberto, que fluem bem ao lado das cidades sedentas por água! Vejam a qualidade da água do Tietê e do Pinheiros. É possível imaginar limpar aquela água para o consumo? Ora, a cidade de São Paulo nasceu onde nasceu justamente por que ela estava próxima à água, outrora limpa!

O fato é que fomos todos levados simplesmente a ignorar que a solução flui diariamente às nossas portas. Em outras cidades do mundo, rios que fluem pelas cidades fornecem água potável. Aqui não.

Várias foram as tentativas de solucionar os problemas de poluição dos rios da cidade de São Paulo. Ainda temos tempo e chance de tentar mais uma vez!

 

 

 

Postado por Daniela Kussama

 

 

 

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