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Países mais ameaçados pelo clima querem meta de aquecimento de 1,5º Celsius

 

Fonte: Reuters

 

BANGCOC (Thomson Reuters Foundation) – Uma coalizão de mais de 40 países que correm grandes riscos por causa das mudanças climáticas pediu que um novo acordo previsto para ser firmado em Paris no mês que vem alcance o objetivo de manter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius, alertando que mais de um bilhão de pessoas estão em situação perigosa.

O Fórum dos Vulneráveis ao Clima afirmou que manter o objetivo de 2010 de limitar o aumento da temperatura a 2 graus acima dos níveis pré-industriais deixariam países que estão muito expostos às mudanças climáticas ainda mais vulneráveis a ameaças como aumento do nível do mar, ondas de calor, secas e enchentes.

“Nossos países vulneráveis são o marco zero na luta global contra mudanças climáticas”, disse a diretora do Escritório de Mudanças Climáticas das Filipinas, Joyceline Goco, depois de uma reunião em Manila nesta semana do grupo de 43 países.

A aliança inclui as Filipinas, Bangladesh, Costa Rica, Kiribati, Maldivas, Ruanda e Barbados.

O fórum, que busca angariar fundos para ajudar os países em desenvolvimento a se tornar mais resistentes aos impactos climáticos, afirmou que a meta de 1,5 grau tem hoje o apoio de 106 países.

Cientistas têm alertado sobre as terríveis consequências se a média de temperatura global aumentar mais do que 2 graus. Mesmo esse nível de aumento superaria o que que é considerado seguro para os países mais vulneráveis, dizem agora alguns.

Nesta semana, o Escritório de Meteorologia do Reino Unido declarou que o aumento das temperaturas globais vai superar neste ano a marca de 1 grau Celsius pela primeira vez.

Mais de 155 países prometeram cortes nas suas emissões de gases do efeito estufa como parte de um acordo climático previsto para ser firmado em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris, que começa em 30 de novembro.

Contudo, essas reduções iriam somente conter o aquecimento a entre 3 graus e 3,5 graus, afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

 

 

 

Postado por Daniela Kussama

 

 

 

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