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Pelo fim dos arrotos bovinos nos EUA

 

Fonte: Página 22

 

O governo americano vai lançar em junho um programa voluntário que visa reduzir em 25% o volume de metano produzido pela pecuária até 2020 – uma iniciativa que o diário Financial Times classifica de “quixotesco”. Anunciado no fim de março pelo presidente Barack Obama, o National Biogas Roadmap faz parte do Plano de Ação Climática do governo, divulgado em junho do ano passado.

O metano, principal componente do gás natural, é muito mais agressivo do que o dióxido de carbono quando se trata da promoção das mudanças climáticas. Vinte vezes mais agressivo, para ser precisa. As 88 milhões de vacas que compõem o rebanho dos EUA estão entre as principais responsáveis pelas emissões de metano no país, via flatulência, producão de esterco e, sobretudo, eruptos. Elas não perdem em volume de emissão nem para a própria indústria de extração de petróleo e gás natural.

As medidas que estão sendo avaliadas para coibir as emissões bovinas vão da instalação de biodigestores em fazendas e abatedouros a mudanças na dieta do gado. O metano, ao contrário do gás carbônico, tem valor real de mercado, como combustível e insumo da alimentação animal. Por isso, os biodigestores, povoados com bactérias anaeróbicas capazes de quebrar resíduos orgânicos, estão mais para atrativo econômico do que para uma penalização. Medidas mais exóticas incluem o monitoramento dos eruptos e a coleta do  gás produzido com uma espécie de fralda acoplada a um tanque de armazenagem. O governo também quer promover melhores práticas na indústria de gás natural e o fraturamento hidráulico (fracking), para evitar vazamentos na extração e no transporte até termelétricas. A Agência Ambiental Americana (EPA) deverá apresentar, em breve, novas normas de controle do setor, a serem implementadas a partir de 2016.

 

 

 

Postado por Daniela Kussama

 

 

 

 

 

 

 

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