O pai de cada um e o Pai Nosso

Sim, o Dia dos Pais é uma data comercial. É daí? É uma excelente oportunidade de a gente lembrar dessa figura tão importante em nossas vidas e na nossa formação. Aos que tem pai vivo, nosso desejo de que aproveitem o dia de hoje para reverenciar, agradecer, perdoar ou pedir perdão a esse personagem importante da sua existência. Aos que já perderam os pais (é o meu caso) que haja tempo para endereçar a ele o seu abraço virtual acompanhado de seu sentimento mais sincero.
 
Infelizmente, são muitos os casos dos pais desconhecidos ou ausentes. Essa falta da figura paterna – não raro – deixa um vazio que demandará anos de terapia, apoio espiritual ou movimentos íntimos (difíceis, solitários e heróicos) que busquem compensar essa ausência que invariavelmente deixa um buraco no peito.
 
Parabéns também aos pais de coração. Aqueles que assumem os filhos dos outros, cuidam deles como se fossem seus próprios filhos, e não economizam amor e afeto nessa relação. Eu vivo essa realidade e sou grato a Deus por isso.
 
Em uma sociedade patriarcal ainda tão contaminada de valores machistas, importa aos pais educarem seus filhos para um mundo livre de preconceito e intolerância. Que as novas gerações não repliquem nossas falhas morais e idiossincrasias.
 
Por fim, respeitando todas as crenças ou ausência de credo, acho importante lembrar também de Jesus quando ensinou aos apóstolos o “Pai Nosso”. Essa prece – a única ensinada pelo Mestre – significou uma ruptura com a visão mosaica de Deus, uma força superior que deveria ser sobretudo temida. Esse Deus cristão (Pai e Mãe) é soberanamente justo e bom, jamais nos desampara, pincipalmente nos momentos de dor e sofrimento.
 
Feliz Dia dos pais!
André Trigueiro