Relacionados

84% das estações meteorológicas dos EUA têm inverno mais quente que a média

 

Por Alexandre Mansur

Fonte: Época – Blog do Planeta

 

Depois de três recordes anuais seguidos de temperatura global, parece que a Terra entrou em um novo padrão climático. Pelo menos é o que indicam os primeiros sinais deste ano. O mês de janeiro de 2017 foi o terceiro mais quente já registrado. Agora, um levantamento das estações meteorológicas nos Estados Unidos mostra que 84% delas tiveram um inverno mais quente do que o normal. Cerca de 47% das estações tiveram um inverno entre os dez mais quentes já registrados. Das 1.500 estações americanas, 117 tiveram o recorde histórico de calor.

A cidade de Chicago, normalmente fria, teve o primeiro janeiro e fevereiro sem neve desde que começaram as observações há 146 anos. Massachusetts registrou o primeiro tornado num mês de fevereiro. Como um todo, a primavera chegou 28 dias mais cedo no Sudeste americano. Até o presidente Trump, que não acredita em aquecimento global, poderá apreciar de perto os efeitos do fenômeno. O serviço nacional de parques dos Estados Unidos prevê que as flores do National Mall, o parque do centro de Washington, vão brotar no meio de março, o mais cedo que se tem notícia.

Um inverno ameno parece uma dádiva. Afinal, menos frio reduz os riscos e os desconfortos em regiões mais temperadas, onde é preciso viver com aquecimento e driblando tempestades de neve. Mas a aceleração do calor tem outros impactos. Ela desorganiza os padrões de comportamento das plantas. Pega animais migratórios despreparados. Também acelera o degelo nas regiões montanhosas. Como um todo, o inverno ameno é um sintoma de um grande desequilíbrio no sistema de clima onde construímos nossa civilização. As consequências vão bem além de uma floração prematura na porta de casa.

 

 

 

Postado por Daniela Kussama

 

 

 

 

Mais vistos