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André Trigueiro fala sobre o seu estilo de vida verde

Por Rafaela Amatta

 

André Trigueiro é um jornalista premiado. Em seu site, Mundo Sustentável, há uma lista enorme de títulos, prêmios, homenagens.

Como um dos pioneiros na abordagem de temas socioambientais e um dos protagonistas de um jornalismo que estimula a crescente conscientização da sociedade, não tem dúvidas: ”Este é um assunto que ganha prestígio e importância ao longo dos anos”.

Desde outubro de 2006, Trigueiro ocupa a posição de Editor-chefe do programa semanal “Cidades e Soluções”, exibido na Globo News, que destaca iniciativas que já dão resultado e podem ser aplicadas no Brasil.Ele também é comentarista da Rádio CBN (860 Kwz), onde apresenta aos sábados e domingos o quadro “Mundo Sustentável.

Também é professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, autor do livro Mundo Sustentável – “Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação”, Coordenador Editorial e um dos autores do livro “Meio Ambiente no século XXI”.

Em entrevista para o Greenvana Style, perguntamos sobre suas atitudes “verdes” cotidianas. Confira:

Greenvana Style – Você diria que vive um estilo de vida sustentável?

André Trigueiro – Eu digo que a minha bússola aponta nessa direção. Como disse, não conheço nada que seja 100% sustentável. Se eu tenho um carro, eu não sou 100% sustentável. Enquanto motorista, eu tento tomar todas as precauções para não agravar essa pegada ecológica.

Não troco de carro todo ano e não fico lavando meu carro. Meu carro é sujo e eu lavo quando a sujeira me incomoda. Eu não tenho vaidade com o carro, ele não é a extensão da minha vaidade. Não uso o carro para me promover, e sim para me locomover. Coloco álcool, mesmo sendo mais caro que a gasolina, porque eu entendo o benefício em relação a impactos ambientais. Eu posso pagar, e eu pago com a consciência de que estou reduzindo um impacto que seria mais violento se eu colocasse gasolina.

Tenho minhas preocupações aqui em casa. Reaproveitamos a água ensaboada da máquina de lavar. As pessoas ficariam muito surpresas se tivessem o cuidado de medir a quantidade de água ensaboada que jogam fora. Eu reutilizo para a lavagem de piso e de vaso sanitário.

A gente tem uma rotina aqui em casa e instruí a minha secretária do lar a me ajudar. Fazemos o que, eticamente, é justo que se faça. Quando eu montei esse apartamento, eucomprei madeira de demolição, que não veio de árvore, e sim de móvel velho. Não existia madeira certificada ainda.

Não tenho um estilo de vida consumista. Não troco de celular a cada ano. Meu celular está resistindo heroicamente há mais de dois anos. No meu dia a dia, o que importa é que a bússola aponte na direção certa. Tenho uma criação de minhocas aqui em casa porque eu fiz um programa na Globo News sobre Minhocasa, resolvi experimentar e deu certo.

É um projeto muito bacana porque dá a destinação correta a matéria orgânica. Raspo farelo de pão, casca de fruta e legumes e as minhocas comem e transformam tudo em adubo de excelente qualidade. Tenho plantas lindas que recebem nutrientes naturais. Então no dia a dia a gente tem essa preocupação de respeitar a bússola. Essa é a preocupação que se deve ter na hora de comprar, de jogar lixo fora, de consumir energia.

GS – Conte um segredo verde do seu dia a dia.

AT – Não tenho segredos. A gente tem que ter uma vida simples. O que me parece segredo é a gente ter uma meta de vida que seja simples, talvez. Ir no sentido contrário do que aponta a sociedade de consumo. É a gente saber que, não apenas é possível ser feliz com menos, mas é absolutamente necessário.

(Fonte: Greenvana)

 

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